domingo, 9 de setembro de 2012

Notícia da Semana Atualidades (Golpe Militar no Chile)


Chile: milhares marcham por vítimas da ditadura de Pinochet

Encapuzados investiram contra polícia e foram dispersados com água e gases

Ativistas participam de manifestação pelas vítimas da ditadura de Pinochet em Santiago
Ativistas participam de manifestação pelas vítimas da ditadura de Pinochet em Santiago (Martin Bernetti/AFP)
Milhares de chilenos participaram neste domingo de uma passeata em memória dos detidos e desaparecidos da ditadura de Augusto Pinochet, no 39° aniversário do golpe que derrubou Salvador Allende no dia 11 de setembro de 1973. O protesto seguiu pelas ruas vizinhas ao palácio presidencial de La Moneda, onde a polícia montou forte guarda para evitar que os manifestantes se aproximassem do final do cemitério.
Homens encapuzados lançaram pedras em escritórios de instituições públicas, destruíram semáforos e enfrentaram agentes da polícia, em quem atiraram pedras e bombas incendiárias. Eles acabaram dispersados com gases e jatos de água.
Rota - Carregando cartazes, bandeiras chilenas e do Partido Comunista (PC) e gritando palavras de ordem, os manifestantes partiram da praça Los Héroes, no centro de Santiago, e caminharam até o cemitério geral, onde está localizado o Memorial do Detido Desaparecido e Executado Político, que lembra as vítimas do regime militar. 
"Marchamos para lembrar aqueles que perderam suas vidas durante a ditadura cruel de Pinochet", disse Carolina, uma das manifestantes que carregava a foto de um familiar desaparecido durante os 17 anos de ditadura, entre 1973 e 1990.
A ditadura de Pinochet matou mais de 3.000 pessoas e outras 37.000 vítimas foram presas e torturadas. Os tribunais chilenos mantêm abertas 350 ações por desaparecimentos, torturas, prisões ilegais ou conspirações que datam do período ditatorial e envolvem cerca de 700 militares e agentes civis.
(Com agência France-Presse)

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