domingo, 10 de junho de 2012

Notícia da Semana Atualidades (Caso Yoki)


Caso Yoki

Amante de Marcos Matsunaga deverá ser ouvida amanhã

Segundo advogado da família do empresário, outras duas pessoas devem ser ouvidas, incluindo o reverendo que celebrou o casamento de Marcos e Elize

Naiara Infante Bertão
A viúva Elize Matsunaga chega ao DHPP, em São Paulo
A viúva Elize Matsunaga chega ao DHPP, em São Paulo, nesta quarta-feira (Nilton Fukuda/AE)
Elize pode pegar entre 12 e 30 anos de prisão
A amante do executivo da Yoki Marcos Matsunaga, morto e esquartejado pela mulher em maio, deverá depor nesta segunda-feira no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, conforme disse ao site de VEJA o advogado da família do empresário morto, Luiz Flávio D'Urso.
Segundo o advogado de Elize Araújo Kitano Matsunaga, esposa de Marcos, a defesa quer que a amante confirme dois fatos: que passou grande parte dos dias 17,18 e 19 de maio com a empresário enquanto Elize, a filha e a babá visitavam sua família em Chopenzinho, no Paraná (a 394 km de Curitiba) e também que a amante ganhou um carro de Marcos no valor de apoximadamente 100 mil reais por volta desta época.
D'Urso, advogado da família do empresário, se reunirá com o delegado responsável pelo caso, Mauro Dias Gomes, também na segunda-feira para pedir à polícia que esclareça alguns pontos do caso.
"Quero que o delegado ouça novamente o reverendo (Renê, da Igreja Anglicana) que alertou Marcos sobre o perigo de ter armas em casa aproximadamente uma semana antes dele desaparecer", afirma D'Urso. O reverendo teria se encontrado com Marcos em um domingo que ele fora sozinho à igreja e falado que não era bom ele manter sua coleção de aproximadamente 30 armas em casa. Para o advogado da família, a conversa pode ter sido motivada por conta de alguma confissão de Elize ou comentário feito ao referendo.
D'Urso argumenta que se for comprovado que Elize planejou o crime na noite do dia 19 de maio, a sentença será mais dura. Ao contrário, se Elize agiu por impulso, uma eventual sentença seria mais branda. "A surpresa e a emoção podem atenuar a conduta", explica o advogado. Elize pode pegar entre 12 e 30 anos de cadeia.
O reverendo Renê, da Catedral Anglicana de São Paulo, casou Elize e Marcos, batizou sua filha e era o conselheiro do casal. Renê chegou a prestar depoimento antes de Elize confessar o crime, mas o advogado da família acredita que seria necessário um novo depoimento e vai fazer este pedido para o delegado nesta segunda-feira.
"Também queremos que o guarda rodoviário que parou e multou Elize enquanto ela levava as partes do corpo de Marcos deponha e esclareça se ela estava sozinha e como se comportou", diz D'Urso. Depois de atirar, matar e esquartejar o marido, Elize colocou partes de seu corpo em sacos plásticos azuis e os jogou em região de mata de Cotia (SP).

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