domingo, 25 de março de 2012

Notícia da Semana atualidades ( Dilma e o Brics)


Dilma viaja para cúpula dos Brics

A presidente estará na Índia nesta semana. Tema principal da reunião de cúpula dos emergentes deve ser a crise mundial e o comércio

REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA EFE


A presidente Dilma Rousseff viaja neste domingo (25) a Nova Délhi, onde participará da IV Cúpula dos Brics (grupo de países formado por Brasil, RússiaÍndiaChina e África do Sul). A principal pauta da reunião deste ano será a análise da crise mundial e seu impacto no comércio.
A cúpula, que reúne os líderes de cinco das principais economias emergentes do mundo, será realizada nas próximas quarta e quinta-feira em Nova Délhi. Após o encerramento, Dilma continua na Índia na sexta-feira, em sua primeira visita oficial ao país.
A presidente embarcará na noite deste domingo (25) e chegará à capital indiana na terça-feira (27), mas não terá nenhuma atividade oficial até a noite da quarta, quando comparecerá a um jantar oferecido pelo primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos líderes dos Brics.
Entre os assuntos que deverão ser debatidos na cúpula está a possível criação de um banco de desenvolvimento constituído com capital dos cinco países e que financiaria projetos nos próprios integrantes do grupo e em outras nações em desenvolvimento. O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que integra a delegação brasileira na viagem, disse na sexta-feira a correspondentes estrangeiros que essa iniciativa está em uma fase "inicial", mas afirmou que o projeto desperta o "maior interesse" no governo. Segundo o ministro, a instituição que poderia nascer dentro dos Brics "não representaria um abandono dos outros organismos multilaterais", aos quais as economias emergentes reivindicam uma maior presença e poder de voto nas grandes decisões. "São coisas diferentes", disse Pimentel, afirmando que órgãos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) têm certas limitações, entre as quais citou a impossibilidade de financiar diretamente empresas privadas, o que poderia ser feito pelo "banco dos Brics".
A criação do banco, entretanto, não será anunciada oficialmente nesta semana, de acordo com a subsecretária-geral de Política do Ministério de Relações Exteriores, Maria Edileuza Fontenele. Deve ser formado um grupo de trabalho que analisará a viabilidade "técnica" do projeto. Para Maria Edileuza, um dos assuntos mais delicados para esse projeto seria a formação do capital da instituição. 
Na IV Cúpula do Brics também serão analisados outros assuntos da agenda global relativos à paz e à segurança ou sobre a reforma das instituições multilaterais, embora a embaixadora tenha antecipado que os debates estarão focados nos aspectos econômico e comercial.
Segundo o FMI, em 2012 os países do Brics serão responsáveis por 56% do crescimento da economia mundial, enquanto os membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) responderão por somente 9% dessa expansão. Esse crescente peso econômico e um comércio entre os Brics que em 2011 somou US$ 250 bilhões demonstram, segundo Maria Edileuza, a tese de que o centro de gravidade da economia mundial deixou de estar nos países mais desenvolvidos.
Após o fim da cúpula dos Brics, Dilma debaterá assuntos bilaterais com a Índia em uma visita de Estado na qual está prevista a assinatura de acordos nas áreas de ciência e tecnologia, educação, igualdade de gêneros e cooperação.
Junto com Dilma viajam cerca de 60 empresários brasileiros, que participarão primeiro de encontros do setor privado dos países do Brics e depois de um seminário com representantes de companhias indianas. 
Dilma voltará ao Brasil no dia 31. Como o vice-presidente Michel Temer também estará no exterior, na Coreia do Sul, nesta semana, a presidência será assumida interinamente pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).

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